Ao longo do tempo, diversos estudos relacionados a mente humana e aos ambientes de interiores, ajudaram arquitetos e designers de interiores a compreender a melhor maneira de desenvolver um ambiente harmonioso e agradável onde se deseje habitar.
Um desses estudos é da Psicologia das Cores.
Ela busca analisar as sensações provocadas por tonalidades diferentes, demonstrando que cada uma delas apresenta grande influência na percepção do ambiente para cada indivíduo.
Isso torna de extrema importância, na hora de se projetar e definir a paleta de cores para um ambiente, qual a intenção desejamos despertar no usuário. Se você entra em um quarto para descansar, você espera se sentir protegido e relaxado e não acuado ou tenso, não é verdade?
Neste post mostraremos um pouco do funcionamento da Psicologia das Cores, para que você possa usar a técnica de maneira efetiva. Fique conosco e confira!
De onde vem o conhecimento da Psicologia das Cores?
Um dos estudos mais antigos registrados é a do poeta alemão Goethe que em 1810 publicou o livro “Teoria das Cores”, que com muita intuição, concluiu por exemplo a noção de que o preto, do ponto da psicologia humana é uma cor, diferente do que afirma a física. Diferente do que a física afirma.
Mas uma das contribuições mais importantes no campo da Psicologia das Cores foi a da socióloga alemã Eva Heller.
Ela entrevistou cerca de duas mil pessoas, de diversas profissões descobrindo uma serie de padrões
Suas descobertas são consideradas essenciais para todos que trabalham de forma profissional com cores, das artes visuais as terapias baseadas no uso das cores.
Heller entrevistou em torno de 2 mil pessoas entre 18 e 97 anos, de diversas profissões para descobrir, entre outras pontos quais as cores favoritas, as cores menos apreciadas e associações entre cores e palavras.
Seu estudo demonstrou que alguns padrões estão gravados em nosso subconsciente, outros são construções cultuais que variam ao longo do tempo e da cultura e alguns vem do ambiente e da natureza que nos rodeia.
Como as cores influenciam na decoração?
O uso das cores é um dos pilares da decoração. Não dá para se pensar em um projeto de interiores sem se considerar como ela irá interagir com o espaço e com as pessoas.
Elas podem dar poder para uma decoração transmitir tanto a sensação de aconchego como de perigo, Paz ou excitação, como revela o estudo da Psicologia das Cores.
Por exemplo, para ampliar de ambientes são recomendados tons claros, não necessariamente o branco, como a amarelo e azul claro.
Se você desejar uma sensação de aconchego o marrom e o verde escuro são boas opções para se reduzir a sensação de um espaço grande demais. O azul-carbono e o verde-oliva também dão ar acolhedor.
O uso das cores é um dos pilares da decoração.
Usar tons mais claros como o branco, bege e amarelo nos tetos, ajudam na falta ou na pouca iluminação natural no ambiente.
O que cada cor significa no nosso subconsciente?
Cada cor é percebida de forma diferente.
Tons de azul, por exemplo levam a sensações de maior calma, enquanto os tons de vermelho costumam ser associados a sensações de maior atividade e excitação.
Ambas as sensações são agradáveis e, portanto, dependendo do seu objetivo qualquer cor pode gerar sentimentos positivos.
O uso da psicologia das cores na sinalização de segurança é um outro bom exemplo do uso positivo (e impositivo) que as cores possuem.
Um sinal de trânsito vermelho nos sinaliza imediatamente a mensagem de perigo, portanto que devemos parar. Perceba que nesse caso o uso da cor esta associado ao objeto no caso o Semáforo. O mesmo vermelho em um quarto transmitiria a sensação de excitação e luxuria.
Qual é o efeito das cores no ambiente?
Antes de mais nada, é preciso entender que as cores em qualquer ambiente, sofrem influência dos objetos e da iluminação. Mesmo uma casa com todas a sua fachada pintada de amarelo-limão, vai sofrer influência da luz do dia e das casas vizinhas.
As cores influenciam inclusive na percepção da passagem do tempo. Essa percepção está gravada em nosso “hardware” a gerações, influenciada pelo ciclo das estações.
Um bom exemplo é que em ambientes com tons mais frios há a sensação de que o tempo passa mais lentamente. Ao contrário, quando utilizamos tons quentes temos a sensação de que o tempo “corre” mais rápido.
Por isso, é muito importante definir as cores certas para o objetivo de cada ambiente.
Quais são as sensações que as cores transmitem?
Como vimos até aqui, as cores possuem um papel fundamental na construção de um ambiente. Todo projeto de interiores de Interiores e arquitetura, precisa dedicar atenção a importância dessas escolhas.
Embora a psicologia das cores seja um estudo extenso com observações detalhadas sobre os efeitos de cada tonalidade no cérebro humano, destacamos um resumo do significado de cada cor e os sentimentos que despertam:
- Branco: Novo, bem, pureza, verdade, honestidade e inocência
- Preto: poder, elegância. Imponência, sofisticação, seriedade e prudência.
- Amarelo: alegria, sabedoria, relaxamento, felicidade;
- Vermelho: calor, paixão, fúria, ira, violência, fome, todo tipo de sensação intensa;
- Laranja: bom humor, energia, equilíbrio, entusiasmo;
- Verde: cura, juventude, perseverança, meio ambiente, natureza, boa sorte;
- roxo: intimidade, sensualidade, nobreza, mistério, transformação, a cor das descobertas.
- Azul: frio, contemplação, lealdade, paz, paciência, emoções mais amenas e leves;